15 de dezembro de 2010

HOMENAGEM



Avicha Luaquene: Uma grande Moçambicana, trabalhadora, amiga, lutadora.

14 de dezembro de 2010

8 de maio de 2010


Hoje, foi esta imagem que me marcou...
Questionei-me:
-Afinal,quem não sofre? Mas...
Como entender, que a própria dor acalma o sofrimento?
Foi envolto neste pensamento que procurei perceber a razão desta aparente contradição.
Todos as camadas sociais, ricos, pobres, doentes e saudáveis carregam angústias, temores e ansiedades ainda que, por vezes, não manifestos.
Para uma parte o alivio está nas drogas, na bebida alcoólica, no tabagismo, na violência quotidiana e em todos os tipos de excessos que, por si, podem também conduzir ao sofrimento.
Outros, porém, fazem promessas com o sofrimento fazendo dele uma prova não mostrando a fortaleza e a autosuficiência perante a dor, mas um reconhecimento humilde de fraqueza humana e prova de quem precisa de ajuda procurando energia e coragem para enfrentar a vida.
Só pode ser uma questão de fé e consequentemente merecedora de respeito.

Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes, e então saberás que eu me feri e também me curei.
(Tagore)

17 de janeiro de 2010

Viagem
É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...

Miguel Torga, in 'Diário XII'

Penso que, este poema de Torga” retrata bem a “Alma Lusitana”, de que quero servir-me para vos deixar uma mensagem de esperança para este Novo Ano: muita vontade, muita esperança, muito querer e, porque não, muita fé em dias melhores. Um ano com novas perspectivas de realização pessoal e também novos rumos de alento e sucesso para o nosso tão “inquieto” e querido Portugal.
Em momentos de trajédia humana, como a do Haiti, sobressai a fragilidade da condição humana bem exposta nos fenómenos com que a natureza presenteia a nossa casa comum: o nosso planeta.
Uma coisa tenhamos como certa: a realidade de hoje, poderá não ser a de amanhã.
Não nos deixemos enfunar por inquietudes pasageiras, tão comuns nos nossos dias, que nos impedem de alcançar a liberdade de espírito e a autêntica felicidade a que aspiramos.